Cubismo sintético

O cubismo sintético (1913 - 1914) é a última fase do cubismo. Sucede o cubismo de colagens.
Qualquer aspecto decorativo e/ou acessório ao objeto representado era extraído. A representação de objetos do cotidiano também ajuda à compreensão das obras, pois do hábito, reconhecem-se mais facilmente através de um ou outro pormenor, como por exemplo um cachimbo que remete a representação de um fumador. Os planos são mais redutores e esquemáticos em relação ao cubismo analítico, isto é, sobrepoem-se e a sua relativa transparência dá um novo aspecto à obra. A cor volta aqui a tomar importância depois de ter sido desvalorizada na fase analítica.
O cubismo sintético buscou recuperar um pouco a imagem real do objeto tornando as cores mais fortes e as formas mais decorativas.
Desta fase decorrem dois movimentos que adoptam esta nova interpretação e utilização da cor e quebram o imobilismo que até então era patente nas obras cubistas já apontando para o futurismo, podendo de certa forma considerar estas obras futuro-cubistas: o Orfismo e a Secção de Ouro.
É interessante notar que o texto considerado uma espécie de manifesto do Cubismo seja, na realidade, um texto chamado de "A anti-tradição futurista", escrito pelo poeta Guillaume Apollinaire, e que houve na Rússia um grupo de poetas chamados de cubo-futuristas, do qual era membro mais eminente Vladimir Maiakóvski. A própria poesia, em seus aspectos mas inovadores, de Apollinaire, um dos mais influentes nomes das vanguardas literárias, nasce desta estética, assim como o texto referido iria definir o caráter estético da poesia futurista de aí em diante.

0 comentários:


Site melhor visualizado no Mozilla Firefox, Internet Explorer 7 e 8